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segunda-feira, 2 de abril de 2018

Vamos falar sobre | Dunkirk


Fionn Whitehead em Dunkirk

O Longa de Christopher Nolan conta a história (baseado em fatos reais), sobre a Operação Dínamo também conhecido como milagre de Dunkirk, onde 400 mil soldados aliados britânicos e franceses, ficaram encurralados pelos pelas forças alemãs na cidade portuária de Dunkirk no norte da França. A operação foi para resgatar os soldados que foram cercados por ataques terrestres e aéreos efetuados pelos soldados alemães, a única rota de fuga era pelo mar.Confesso que em nenhum momento o filme me passou a sensação de estar vendo um exército com cerca de 400 mil homens encurralados, muito menos me despertou apego emocional por algum personagem, o filme possui uma fotografia maravilhosa, ótimos efeitos sonoros, porém, falta o ato de união humanitária dos personagens (soldados).

Fionn Whitehead em Dunkirk

  O primeiro ato o filme desenvolve certa tensão com os efeitos sonoros e visuais causados pelos ataques, quem está assistindo acompanha cada personagem quem entra em cena com muita atenção, querendo saber quem são e como chegaram até tal situação. O problema é que não há grandes falas , não apresenta de fato quem são os personagens principais e muito menos quais são seus pontos fortes.Já no segundo ato, o personagem de Tom Hardy ganha um certo destaque ao pilotar um avião que suporta por vários ataques, seu personagem é o que mais parece ter um desenvolvimento durante a trama. 

 O terceiro ato é o que preocupa, parece que tudo que foi apresentado no filme acaba sendo descartado, não há uma história que deixa aquela sensação de “nossa o tal personagem conseguiu”, pois não tem personagens com grandes desenvolvimentos na trama, e o mais chato é que dificilmente alguém decora o nome dos personagens, é mais fácil identificar as cenas pelos nomes dos atores (conhecidos). O longa possui grandes atores e participações que mereciam ser destacados, um bom exemplo onde Christopher Nolan consegue fazer isso muito bem, foi no longa Inception (A origem). 
 
Leonardo DiCaprio & Ellen Page, “A Origem” (Christopher Nolan, 2010).

O personagem do Leonardo Di Caprio durante toda a trama, se mostrou estrategista e soube demonstrar quais eram as suas intenções e como resolvia os problemas que surgiam quando algo dava errado no plano. Faltou isso nos personagens em Dunkirk, mesmo havendo personagens de alta patente, ainda faltou mais pulso firme, mostrar o senso estratégico em equipe era o essencial, claro que durante a edição pode haver cenas que foram deletadas que causariam certa relevância a trama. 

 Sugestão de filme: Um longa que se destacou em 2017 foi Hacksaw Ridge (Até o Último Homem), dirigido e produzido pelo Mel Gibson, o longa soube mostrar o senso  de coletividade de maneira simples e com inteligência, personagens com falas longas,  um roteiro com profundidade, fotografia e efeitos sonoros excelentes. O filme trouxe grandes reflexões e foi baseado em fatos reais.
Andrew Garfield em Hacksaw Ridge (2016) dir. Mel Gibson

  Assista aos dois filmes e depois faça uma leve comparação, irá perceber que mesmo as histórias sendo diferente , a situação é a mesma  o extinto de sobrevivência e a luta pela pátria.

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